Por Eduardo Matheus B. Almeida
Estive caminhando pelos corredores
do Amélia durante nove anos, mas não tão intensamente como nesses últimos
quatro meses, foram dias muito intensos de teste de uma profissão que vou
seguir com muito afinco, mas não é para falar sobre o hoje, tampouco sobre o
futuro que vim desta vez.
O tempo passou rápido demais e já
não sei mais diferenciar passado de presente, embora, de forma muito
contundente e criativa, me baseei em quem e como eu seria algum dia na minha
vida, mais que nos ensinamentos de meus pais, tive uma escola que me transferiu
não só o conhecimento necessário para fazer parte da fila do mercado,
sedento por mais um, essa escola, o Amélia, me deu valores e isso é o que me
faz apaixonar cada dia mais pela instituição.
Retomando meus passos diários,
retenho comigo lembranças tão fantásticas que superam o sentido de hoje, tão
rotineiro e rápido. Por um segundo me vejo como uma criança com os seus 11
anos, enfrentado seus medos na nova escola, mas realizando o sonho de estudar
na até então, melhor escola da cidade.
O Amélia tinha título, tinha
tudo, tudo que outra escola pública não tinha. Tinha mais que concreto, a
escola tinha amor, aconchego, ainda que o tamanho assustasse, eu não poderia
imaginar que de tão grande, se tornaria tão pequeno para mim e o tempo
passaria.
É um fato, a paixão que sinto por
aquela instituição, ultrapassa barreiras de tempo, de lugar ou qualquer
conceito desses. Expresso em poucas palavras e resumo em uma: DEVOÇÃO. Ao mesmo
passo que acredito que educação é sacerdócio, tenho para mim que, estar naquele
lugar é propagar quase que uma fé.
Passeando por seus largos
caminhos, sentando em qualquer banco, é possível perceber o que aprendi como
pessoa e profissional, sentir que há experiência, tradição na inovação diante
de cada tijolo concretado.
Não tive muitos amores, é
verdade, no meu período de escola, desfrutei de muitos bons momentos, alguns
nem tanto, mas sem dúvida, repetiria cada único segundo passado se necessário,
sem mudar uma vírgula, um ponto ou acento dessa interminável aventura que, de
tão extensa, chega-se ao fim.
O Amélia que conheci, se foi, as
pessoas, algumas se foram e eu, bom, embora sensível a isso, sigo meu caminho. Aquelas
paredes e jardins são o meu lugar, mas desta vez, elas é que ocuparão espaço em
mim.
Vou sentir saudades,boa sorte,Edu!
ResponderExcluirboa sorte cara , vai fazer falta
ResponderExcluirAquela escola tinha mais que concreto...
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