quinta-feira, 22 de maio de 2014

Minha breve história - Editorial


Por Eduardo Matheus B. Almeida

Estive caminhando pelos corredores do Amélia durante nove anos, mas não tão intensamente como nesses últimos quatro meses, foram dias muito intensos de teste de uma profissão que vou seguir com muito afinco, mas não é para falar sobre o hoje, tampouco sobre o futuro que vim desta vez.

O tempo passou rápido demais e já não sei mais diferenciar passado de presente, embora, de forma muito contundente e criativa, me baseei em quem e como eu seria algum dia na minha vida, mais que nos ensinamentos de meus pais, tive uma escola que me transferiu não só o conhecimento necessário para fazer parte da fila do mercado, sedento por mais um, essa escola, o Amélia, me deu valores e isso é o que me faz apaixonar cada dia mais pela instituição.

Retomando meus passos diários, retenho comigo lembranças tão fantásticas que superam o sentido de hoje, tão rotineiro e rápido. Por um segundo me vejo como uma criança com os seus 11 anos, enfrentado seus medos na nova escola, mas realizando o sonho de estudar na até então, melhor escola da cidade.

O Amélia tinha título, tinha tudo, tudo que outra escola pública não tinha. Tinha mais que concreto, a escola tinha amor, aconchego, ainda que o tamanho assustasse, eu não poderia imaginar que de tão grande, se tornaria tão pequeno para mim e o tempo passaria.

É um fato, a paixão que sinto por aquela instituição, ultrapassa barreiras de tempo, de lugar ou qualquer conceito desses. Expresso em poucas palavras e resumo em uma: DEVOÇÃO. Ao mesmo passo que acredito que educação é sacerdócio, tenho para mim que, estar naquele lugar é propagar quase que uma fé.

Passeando por seus largos caminhos, sentando em qualquer banco, é possível perceber o que aprendi como pessoa e profissional, sentir que há experiência, tradição na inovação diante de cada tijolo concretado.

Não tive muitos amores, é verdade, no meu período de escola, desfrutei de muitos bons momentos, alguns nem tanto, mas sem dúvida, repetiria cada único segundo passado se necessário, sem mudar uma vírgula, um ponto ou acento dessa interminável aventura que, de tão extensa, chega-se ao fim.


O Amélia que conheci, se foi, as pessoas, algumas se foram e eu, bom, embora sensível a isso, sigo meu caminho. Aquelas paredes e jardins são o meu lugar, mas desta vez, elas é que ocuparão espaço em mim.

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