“A moda é fútil para quem não entende sobre o assunto ou nunca realmente parou para pensar sobre o tema. Nós usamos a roupa como forma de expressão, o que a gente veste diz muito sobre a nossa personalidade. As pessoas sentem vergonha de admitirem que gostam de moda, o que é uma bobagem. Você não precisa seguir tendências, o importante é se sentir confortável com o que está vestindo. E ser feliz, óbvio!”.
- Costanza Pascolato
Roupas, sapatos, maquiagem, músicas, livros, redes sociais. A moda
definitivamente é uma tendência. Ela está em todos os lugares, mas nem sempre
percebemos isso e nem todos sabem o que ela é, por isso, o valor da moda é tão
discutido atualmente. Muitos a consideram superficial, um ramo sem necessidade
de esforço. Mas se ela é mesmo dispensável, por que se vestir bem é essencial
em uma entrevista de emprego? Se ela não necessita de esforço, por que algumas técnicas
de aperfeiçoamento ou de sustentabilidade são tão estudadas e difíceis de serem
desenvolvidas?
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Tony Stark concorda com a pesquisa, por isso sempre chega com estilo! |
Curiosidade: A
Universidade de Yale (EUA) realizou um estudo, na área de comportamento humano,
onde sugere que a aparência pode contar pontos não apenas na hora de conseguir
um emprego, mas também na hora da definição do salário. De acordo com esses
estudos, a primeira impressão que uma pessoa tem da outra se baseia 55% em sua
aparência e ações.
Apesar de estarem bem próximos, consumismo e moda são termos diferentes. Moda, em poucas palavras, pode ser definida como um costume que está em ênfase durante algum tempo. Porém na prática, ela se mostra um termo bem mais abrangente, representando desde uma referência cultural até uma estratégia indispensável da economia.
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A moda surge entre o séc. XIV e o início do Renascimento |
Costumamos confundir os dois assuntos porque a moda pode ser uma
grande geradora do consumismo, mas no mundo contemporâneo é raro achar algo que
não o seja, além disso, temos a falsa impressão de que a moda é um fenômeno
recente criado pela mídia, porém, não é tão recente assim.
Embora existam vestígios de instrumentos de costura e tecelagem que
datam de alguns milhares de anos antes de cristo, a moda é um conceito bem mais
recente. Foi apenas após os processos históricos do final da Idade Média e do
início do Renascimento que ela começou a ganhar forma, quando a variação das
vestimentas surgiu para diferenciar, segundo a classe social, o que antes era
igual desde o nascimento até a morte. Mas a burguesia ascendente, ao copiar o
estilo dos nobres, foi quem aumentou essa diferenciação, pois os nobres
investiam cada vez mais para que suas roupas fossem diferentes das vestimentas
burguesas.
Com a Revolução Industrial esse processo de diferenciação ganhou ainda mais força. Em 1850, a invenção das máquinas diminuiu significativamente o preço dos tecidos e muito se evoluiu no vestuário. É então, a partir do século XIX, que surgiu a moda como a conhecemos.

Por ter passado por diversas
transformações, seguindo mudanças físicas e sociais, e por não só caracterizar
grupos conforme a cultura, religião e classe social, mas muitas vezes
representá-los, a moda é um reflexo da evolução do comportamento da sociedade.
É um fenômeno sociocultural que expressa os valores da sociedade e dita padrões
que caracterizam uma identidade.
Por isso, a moda precisou buscar
se flexionar quanto à necessidade da sociedade e desenvolver roupas adequadas
às ações dos seres humanos, afinal, seria complicado andar de ônibus usando um
daqueles vestidos à Maria Antonieta. Outro exemplo disso é que, atualmente, os
estilistas têm voltado sua atenção para uma moda mais sustentável,
desenvolvendo assim técnicas de reaproveitamento de materiais em fim de vida
útil chamadas de upcycling. Uma delas, inclusive é o DIY (Do It Yourself), a
famosa customização, que transforma o que não se usa mais em roupa nova.
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Pois é, Audrey, impressionante, não? |
Curiosidade: O processo de fabricação de apenas uma calça
jeans consome a mesma quantidade de água que uma pessoa precisa para viver
durante um ano. E os danos ao meio ambiente vêm de todos os tipos de roupas,
por isso, por mais que você não se interesse por moda, é preciso que tenha alguém
entendido no ramo pra estudar formas de uma produção mais ecologicamente
correta.
Além disso, a moda
é uma arte. No mundo contemporâneo, ela serve bem mais do que para diferenciar,
serve para ilustrar, para dar beleza e para comunicar. Filmes como “Maria
Antonieta”, “Moulin Rouge”, “Bonequinha de Luxo”, “O Diabo veste Prada”, “Coco
antes de Chanel” e “Valentino: O último Imperador” marcam não só sua presença
na história, como mostram que a moda é riquíssima em arte e cultura, e que vai
bem além das passarelas.
Com a globalização, a
mídia e os avanços tecnológicos, o conceito de moda se tornou muito mais amplo
e passou a atingir todas - ou quase todas - as esferas da sociedade. E é nesse
contexto que ela é cada vez mais utilizada como um recurso de massificação da
sociedade para atender aos interesses econômicos. A mídia dita a moda fazendo
com que os desejos de consumo da sociedade, que o mercado deve atender, não
sejam tão amplos, e assim a margem de lucro do mesmo aumenta.
Curiosidade: a moda
movimenta em média R$136 bilhões por ano no Brasil.
Com isso, a
moda vem sendo cada vez mais associada ao capitalismo e ao consumismo
exagerado. Mas a moda em sua essência é - ou deveria ser - como disse Chanel:
“não é algo presente apenas nas roupas. A moda está no céu, nas ruas, a moda
tem a ver com ideias, a forma como vivemos, o que está acontecendo”.
Fonte dos GIFs e imagens: Tumblr / vitrinavoga.blogspot.com.br
E aí, gostaram do post? Espero que sim!
Até a próxima .
Muito bom! Espero outros como esse ou até melhores!
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