terça-feira, 8 de julho de 2014

MODA: Útil ao fútil

 “A moda é fútil para quem não entende sobre o assunto ou nunca realmente parou para pensar sobre o tema. Nós usamos a roupa como forma de expressão, o que a gente veste diz muito sobre a nossa personalidade. As pessoas sentem vergonha de admitirem que gostam de moda, o que é uma bobagem. Você não precisa seguir tendências, o importante é se sentir confortável com o que está vestindo. E ser feliz, óbvio!”.
                                                                                                                          - Costanza Pascolato


Roupas, sapatos, maquiagem, músicas, livros, redes sociais. A moda definitivamente é uma tendência. Ela está em todos os lugares, mas nem sempre percebemos isso e nem todos sabem o que ela é, por isso, o valor da moda é tão discutido atualmente. Muitos a consideram superficial, um ramo sem necessidade de esforço. Mas se ela é mesmo dispensável, por que se vestir bem é essencial em uma entrevista de emprego? Se ela não necessita de esforço, por que algumas técnicas de aperfeiçoamento ou de sustentabilidade são tão estudadas e difíceis de serem desenvolvidas?

Tony Stark concorda com a pesquisa, por isso sempre chega com estilo!
Curiosidade: A Universidade de Yale (EUA) realizou um estudo, na área de comportamento humano, onde sugere que a aparência pode contar pontos não apenas na hora de conseguir um emprego, mas também na hora da definição do salário. De acordo com esses estudos, a primeira impressão que uma pessoa tem da outra se baseia 55% em sua aparência e ações.

Apesar de estarem bem próximos, consumismo e moda são termos diferentes. Moda, em poucas palavras, pode ser definida como um costume que está em ênfase durante algum tempo. Porém na prática, ela se mostra um termo bem mais abrangente, representando desde uma referência cultural até uma estratégia indispensável da economia.

A moda surge entre o séc. XIV e o início
do Renascimento
Costumamos confundir os dois assuntos porque a moda pode ser uma grande geradora do consumismo, mas no mundo contemporâneo é raro achar algo que não o seja, além disso, temos a falsa impressão de que a moda é um fenômeno recente criado pela mídia, porém, não é tão recente assim.

Embora existam vestígios de instrumentos de costura e tecelagem que datam de alguns milhares de anos antes de cristo, a moda é um conceito bem mais recente. Foi apenas após os processos históricos do final da Idade Média e do início do Renascimento que ela começou a ganhar forma, quando a variação das vestimentas surgiu para diferenciar, segundo a classe social, o que antes era igual desde o nascimento até a morte. Mas a burguesia ascendente, ao copiar o estilo dos nobres, foi quem aumentou essa diferenciação, pois os nobres investiam cada vez mais para que suas roupas fossem diferentes das vestimentas burguesas.


Com a Revolução Industrial esse processo de diferenciação ganhou ainda mais força. Em 1850, a invenção das máquinas diminuiu significativamente o preço dos tecidos e muito se evoluiu no vestuário. É então, a partir do século XIX, que surgiu a moda como a conhecemos.


Por ter passado por diversas transformações, seguindo mudanças físicas e sociais, e por não só caracterizar grupos conforme a cultura, religião e classe social, mas muitas vezes representá-los, a moda é um reflexo da evolução do comportamento da sociedade. É um fenômeno sociocultural que expressa os valores da sociedade e dita padrões que caracterizam uma identidade.

Por isso, a moda precisou buscar se flexionar quanto à necessidade da sociedade e desenvolver roupas adequadas às ações dos seres humanos, afinal, seria complicado andar de ônibus usando um daqueles vestidos à Maria Antonieta. Outro exemplo disso é que, atualmente, os estilistas têm voltado sua atenção para uma moda mais sustentável, desenvolvendo assim técnicas de reaproveitamento de materiais em fim de vida útil chamadas de upcycling. Uma delas, inclusive é o DIY (Do It Yourself), a famosa customização, que transforma o que não se usa mais em roupa nova.

Pois é, Audrey, impressionante, não?
Curiosidade: O processo de fabricação de apenas uma calça jeans consome a mesma quantidade de água que uma pessoa precisa para viver durante um ano. E os danos ao meio ambiente vêm de todos os tipos de roupas, por isso, por mais que você não se interesse por moda, é preciso que tenha alguém entendido no ramo pra estudar formas de uma produção mais ecologicamente correta.


    Além disso, a moda é uma arte. No mundo contemporâneo, ela serve bem mais do que para diferenciar, serve para ilustrar, para dar beleza e para comunicar. Filmes como “Maria Antonieta”, “Moulin Rouge”, “Bonequinha de Luxo”, “O Diabo veste Prada”, “Coco antes de Chanel” e “Valentino: O último Imperador” marcam não só sua presença na história, como mostram que a moda é riquíssima em arte e cultura, e que vai bem além das passarelas.



   Com a globalização, a mídia e os avanços tecnológicos, o conceito de moda se tornou muito mais amplo e passou a atingir todas - ou quase todas - as esferas da sociedade. E é nesse contexto que ela é cada vez mais utilizada como um recurso de massificação da sociedade para atender aos interesses econômicos. A mídia dita a moda fazendo com que os desejos de consumo da sociedade, que o mercado deve atender, não sejam tão amplos, e assim a margem de lucro do mesmo aumenta.


Curiosidade: a moda movimenta em média R$136 bilhões por ano no Brasil.



Com isso, a moda vem sendo cada vez mais associada ao capitalismo e ao consumismo exagerado. Mas a moda em sua essência é - ou deveria ser - como disse Chanel: “não é algo presente apenas nas roupas. A moda está no céu, nas ruas, a moda tem a ver com ideias, a forma como vivemos, o que está acontecendo”.


Fonte dos GIFs e imagens: Tumblr / vitrinavoga.blogspot.com.br

E aí, gostaram do post? Espero que sim!
Até a próxima .

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